sábado, junho 17, 2006

Cineclube de Aveiro


Depois de o Paulo Branco ter fugido, o Cinema Oita foi tomado de assalto, em boa hora, pelo Cineclube de Aveiro, o qual tem cumprido a sua missão de nos dar a ver em Aveiro aquilo que normalmente só na capital se consegue visionar, e mesmo aí só no círculo restrito do Nimas, Quarteto e King.
Foi por lá que vimos um grande documentário, o "Lisboetas", de Sérgio Trefaut, que nos leva a reflectir pela nova realidade que atravessa as nossas cidades, em particular Lisboa, mostrando-nos como tentam coexistir connosco (porque me parece que é isso que sempre se passa na emigração, coexiste-se na sociedade, raramente se existe).
Diria aliás, que não é apenas na emigração que se coexiste, também na imigração se coexiste e apenas ao fim de muito tempo se começa a existir, e mesmo que economicamente seja mais fácil intervir na sociedade que nos rodeia, existir nessa mesma sociedade, criando laços e ligações com os autóctones é, a não ser que se seja muito extrovertido, bastante difícil e pode ser tarefa de anos...
Lisboetas tem o condão de nos inspirar essa reflexão, bem como a forma mais ou menos invisível que para os outros, para os residentes, os e/imigrantes assumem, esforçando-se por os ignorar excepto para os explorar, e mesmo assim apenas como mão-de-obra barata em lugar de aproveitar a formação e a educação (tantas vezes superior...) que eles possuem.
Se puderem vão ver, ainda está no Nimas e no Luísa Todi.

Ah! E apoiem o nosso Cineclube!

segunda-feira, junho 12, 2006

Insen - Ou como o estranho pode ser belo



Ontem, depois de vermos os nossos gloriosos xugadores a ganhar por poucoxinho (só q.b. para não parecer mal) aos nossos irmãos angolanos, fomos até à Casa da Música para ver o grande Ryuichi Sakamoto fazer aquilo que melhor sabe: música bela mas diferente.

Dentro da melhor tradição do que ele fez na Yellow Magic Orchestra, Sakamoto emprestou as suas melodias à experimentação, manipulação e transformação sonora e visual que Alva Noto faz recorrendo a caixas de ritmos, samplers e um longílineo videowall, tudo controlado por 2 portáteis (Apple, mas o que é que eu hei-de fazer? Os homens da maçã é que sabem de artes...)

Numa sala Guillermina Suggia cheia (+- 1000 pessoas), durante pouco mais de hora e meia, deram asas à mais pura das invenções, revelando beleza onde ela parece ser destruída.

Por lá passaram temas de Vrioon, Insen e de um novo EP chamado Revep, todos estranhos, mas todos misteriosamente atraentes e belos na sua estranheza. Só para se ter ideia da estranheza, houve pelo menos umas 20 ou 25 pessoas que não a aguentaram e tiveram de saír a meio (fantástico como alguém que se pensa inteligente o suficiente para ir a um espectáculo daqueles é capaz de semlhante intolerância, mas isto sou eu a falar...)

Espiolhem e se por acaso forem a tempo dêem um salto ao Coliseu dos Recreios de Lisboa que como prenda de S. António a nossa capital tem direito a um espectáculo de 1ª.

Para vos aguçar os sentidos: http://www.raster-noton.de/fpx/01_aurora.mp3

O resto está aqui: http://www.raster-noton.de/start.html

Divirtam-se!

P.S.: Já sabem que a Meredith Monk vem aí??? http://www.teatroaveirense.pt/

Vou à terra


Pois é! Os nossos meninos, os nossos bebés, a minha gaja...! Ao fim de uns 43 anos de namoro resolveram dar o nó!

Amanhã vou à terra e em dia de greve vamos dedicar-nos à nobre actividade de procurar vestidos... Coisa mai'linda!

domingo, junho 11, 2006

Teste, teste, 1, 2, 3...



Olá, benvindos(as) ao Mouros & Moliceiros

Um local para publicar as aventuras e desventuras dos ditos.

Para quem não saiba nós somos os Mouros Moliceiros, há também os Mouros Mouros, mas eles ainda não sabem... :)